ARQUIV027: UMA VIAGEM NA HISTÓRIA DA PUBLICIDADE CAPIXABA

Você já imaginou como seria ter uma máquina do tempo? Poder visitar o passado e conhecer a fundo as grandes histórias que fizeram o mundo ser como é hoje? O núcleo de Publicidade do Laboratório de Comunicação e Mercado (LACOS) do Centro Universitário FAESA já sonhou com isso tantas vezes que resolveu criar uma solução: o Arquiv027, uma cápsula do tempo. 

Projeto Arquiv027 foi a forma que o LACOS encontrou para poder viajar ao passado e conhecer as histórias fantásticas da Publicidade Capixaba e compartilhá-las com as próximas gerações. Para começar a reviver o passado, foi convidado, para vir até a FAESA e compartilhar com os estudantes um pouco do que viu e viveu, o publicitário e fundador da Prisma Inteligência de Marketing, vencedor do primeiro (e único) Leão de Ouro do Festival de Criatividade de Cannes do Espiríto SantoFernando Manhães, um dos grandes nomes precursores da publicidade capixaba.

Nesta primeira cápsula do tempoFernando contou aos alunos, em um bate-papo tranquilo e informal, as escolhas que o transformaram em um profissional da propaganda e sobre a trajetória da criação da própria agência. Contudo o assunto principal foi a história de como ele ganhou o Leão de Ouro de Cannes, que é um dos principais prêmio de criatividade do mundo. 

A trajetória de Fernando Manhães na publicidade começou na faculdade de jornalismo. Ele é formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desde a década de 1980 e, na época, o curso de Comunicação Social começava sem diferenciar os alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Quando chegou o momento de tomar a decisão de qual ramo seguir, ele escolheu seguir pelo Jornalismo. Nas primeiras experiências com a produção de conteúdo jornalístico, Fernando decidiu trocar para a Publicidade e, finalmente, se encontrou. 

Durante a graduação, o publicitário começou a empreender. No ano de 1982, ele se juntou a outros três colegas do curso para abrir uma agência de propaganda, o Studio 25. Já, em 1985, ele fundou a Agência Direta, a primeira agência do Estado a se preocupar com o planejamento dos clientes, algo que os diferencia até hoje no mercado capixaba. 

Nesta primeira cápsula do tempoFernando contou aos alunos, em um bate-papo tranquilo e informal, as escolhas que o transformaram em um profissional da propaganda e sobre a trajetória da criação da própria agência. Contudo o assunto principal foi a história de como ele ganhou o Leão de Ouro de Cannes, que é um dos principais prêmio de criatividade do mundo. 

A trajetória de Fernando Manhães na publicidade começou na faculdade de jornalismo. Ele é formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desde a década de 1980 e, na época, o curso de Comunicação Social começava sem diferenciar os alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Quando chegou o momento de tomar a decisão de qual ramo seguir, ele escolheu seguir pelo Jornalismo. Nas primeiras experiências com a produção de conteúdo jornalístico, Fernando decidiu trocar para a Publicidade e, finalmente, se encontrou. 

Durante a graduação, o publicitário começou a empreender. No ano de 1982, ele se juntou a outros três colegas do curso para abrir uma agência de propaganda, o Studio 25. Já, em 1985, ele fundou a Agência Direta, a primeira agência do Estado a se preocupar com o planejamento dos clientes, algo que os diferencia até hoje no mercado capixaba. 

O nome da nova agência induziu os clientes a pensarem que eles trabalhavam com mala direta, uma estratégia compatível com o atual e-mail marketing. Eles enxergaram essa confusão dos clientes como uma forma de expandir os produtos oferecidos pela marca. “Quando os clientes perguntavam se a gente fazia a tal da mala direta, nós respondemos que sim, mesmo sem saber como fazer. Tudo para não perder os clientes. Foi preciso de uma dose extra de coragem para enfrentar as pressões do mercado de trabalho”, conta Manhães.

A rotina de estudante universitário e sócio de uma agência de publicidade e propaganda era extremamente corrida e os jovens empreendedores passavam muitas noites em claro para dar conta de todas as demandas. Com o passar do tempo, Fernando foi se profissionalizando na área da publicidade, adquirindo cada vez mais conhecimento e experiência. No ano de 1987, ele fundou a Agência Prisma Inteligência de Marketing. A empresa conta com mais de 35 anos de histórias, diversos prêmios e cases de sucesso.

Um dos maiores destaques da trajetória da Agência Prisma é a conquista do Leão de Ouro do Festival Criatividade de Cannes de 2003 na categoria Mídia Impressa. Tudo aconteceu como uma mera coincidência em 2002. A Realcafé Solúvel do Brasil procurou a Agência Prisma para reformular a identidade visual da empresa e anunciar a chegada de um novo produto na família Realcafé: o sachê de 2g. 

O intuito da ação foi mostrar ao público alvo, tido como uma parcela selecionada da sociedade e entendido como um formador de opinião, que a marca era jovem, simpática e acessível. A ideia era apresentar o novo produto ao público, mas havia uma verba reduzida para executar as ideias e lançar uma campanha diferenciada e com grande receptividade.

O primeiro anúncio ocupou três páginas do jornal A Gazeta. Para chamar a atenção do leitor, as páginas foram manchadas com marcas de copos e respingos de café com frases que geram curiosidade em quem está lendo. Na última página, a pessoa encontrava um sachê com o novo formato da marca. A propaganda atingiu o objetivo desejado, ou seja, tiveram resultados satisfatórios com mais de 50 mil tiragens do jornal e o aumento de 10% das vendas do produto.   

Principais marcos da história da Publicidade Capixaba

Durante a conversa com os alunos do LACOS, Fernando destacou alguns pontos que marcaram a história da publicidade capixaba. O primeiro deles foi o surgimento da Agência Eldorado Publicidade, que era oriunda de uma agência in-house, ou seja, de uma agência de propaganda interna de uma empresa. Na época, a Eldorado foi a primeira agência do Estado a conferir um certo grau de profissionalismo que ainda não tinha sido visto no mercado.  

Fernando relata que a criação da Associação das Agências de Propaganda (hoje, o Sindicato das Agências de Propaganda do Espírito Santo – SINAPRO-ES) é um marco nessa história, pois foi por meio dela que os profissionais e as agências criaram um senso de união em prol da melhoria do mercado, deixando, assim, de serem inimigos e se tornando verdadeiros fomentadores do negócio da propaganda. Vale destacar que Fernando foi um dos fundadores da Associação.

Outro ponto marcante na história da publicidade capixaba foi a abertura do mercado para os estagiários no ramo da comunicação. Na condição de ex-coordenador de estágios da Ufes, Manhães desmistificou uma realidade que existia no Espírito Santo e colaborou para o fim da rejeição de estagiários e a flexibilização do mercado sob o argumento que a mão de obra precisava ser melhor qualificada por meio de experiências reais.  

Expectativas para o futuro da Publicidade Capixaba 

É preciso saber reconhecer as oportunidades da vida e, mais ainda, saber criá-las para que seja possível fazer as escolhas ideais para alcançar os objetivos esperados

Fernando Manhães

O uso das ferramentas tecnológicas avançou de forma considerável nos últimos anos e pode preocupar alguns profissionais, mas não é o caso de Manhães. Ele considera a tecnologia uma aliada à criatividade da profissão. Contudo, ele ressalta a importância do diferencial humano: “o valor e o peso da humanidade nas relações e na comunicação serão cada vez maiores“.  

O publicitário disse, ainda, que um dos grandes desafios, hoje, é fazer uma comunicação atrativa e assertiva. E que para fazer isso é preciso pensar em ideias novas, buscar alternativas, recorrer às referências do passado e nunca deixar de lado o aprendizado, a leitura e o estudo.  

Manhães acredita que a publicidade capixaba está  enfrentando um momento morno por falta de grandes produções e destaques. Contudo, ele avalia que o Espírito Santo já formou profissionais excelentes e espera que em breve esse ciclo se renove com a entrada de novas mentes criativas no mercado de trabalho para que a publicidade volte a ser divertida como era antes. 

Texto retirado de Faesa Digital, escrito por: Fernanda Gonçalves Sant’Anna e Jordana Nicoli Chiabi Duarte.
Fotos por: Yago Nascimento de Oliveira

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